O Relógio localiza-se na Rua da
Glória, em frente à Rua Cândido Mendes. Para embelezar o bairro da Glória,
dentro de seu programa de melhoramentos da cidade, o prefeito Pereira Passos
mandou retirar a balaustrada de bronze que circundava a Praça Tiradentes, no
Centro do Rio, e transferi-la para a Avenida Augusto Severo. O relógio teve a
finalidade de arrematar o conjunto.
O monumento é formado por uma
coluna de gneiss de 7,5 m, encimada por um relógio de quatro faces, com
mostradores luminosos. Sua base é quadrangular, com laterais projetadas. A
coluna cilíndrica é ornada por dois cordões perolados. O relógio, inaugurado a
15 de abril de 1905, está localizado sobre um capitel retangular com meia luz e
meia flor em seus centros. Na placa da base encontram-se as armas da cidade com
quatro florões ao canto. A Companhia de Ferro Carril do Jardim Botânico foi
quem proporcionou a iluminação do monumento.
A máquina do relógio é francesa e
foi instalada pelo relojoeiro alemão Frederich Krussman. Em 1980 o relógio foi
quebrado. Um relojoeiro se ofereceu a consertá-lo de graça, mas não obteve
sucesso. O mecanismo foi retirado para o conserto. Perda de tempo: havia falta
de informações técnicas sobre seu funcionamento. Vários relojoeiros tentaram
consertá-lo. Contudo todos fracassaram. Em 1986, o reloginho foi finalmente
restaurado.
O monumento é protegido pelo
Instituto Estadual do Patrimônio Artístico-Cultural (INEPAC). No passado, o
escritor Pedro Nava, que morou mais de 40 anos na Rua da Glória, protestou
veementemente contra o abandono e a deterioração dos monumentos do bairro,
incluindo a depredação do chafariz, da amurada e do relógio.
Hoje o velho reloginho resiste ao
tempo e continua acertando os ponteiros de quem passa pela Glória.
Texto por: Rio e Cultura
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