O fotógrafo amador que ficou bilionário - ISTOÉ Dinheiro:
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sexta-feira, 31 de maio de 2013
Sebastião Salgado: “Não sei o que é Instagram”
Sebastião Salgado: “Não sei o que é Instagram”
O fotógrafo diz que
continua a usar métodos tradicionais, apesar de ter abandonado a câmera
convencional há cinco anos
LUÍS ANTÔNIO GIRONe
|O fotógrafo
Sebastião Salgado, de 69 anos, fala a ÉPOCA sobre sua arte e seus métodos de
trabalho, na segunda parte da entrevista (leia a primeira parte
em ÉPOCA desta semana), realizada no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico, Rio de
Janeiro, na segunda-feira (27). Ele diz não se enquadrar no gênero
fotojornalismo, nem mesmo na fotografia “de arte” – prática que ele considera
excessivamente comercial. Diz que vende caro suas fotos porque tem quem compre,
não porque se considere um artista da fotografia. “Gosto de contar histórias a
partir de minhas séries”, afirma. “Em mais de 40 anos de carreira, realizei
três grandes histórias: Êxodos,Trabalhadores e agora Gênesis. Minha vontade é
narrar algo. Por isso, aprendi a cantar enquanto vou clicando. Cantar me
aproxima de um fluxo linear e constante e me ajuda a pensar em um enredo.”
>>O brasileiro mais
popular no Instagram
>>Fotos: Gênesis, a Terra intocada, eterna e mágica de Sebastião Salgado
>>Fotos: Gênesis, a Terra intocada, eterna e mágica de Sebastião Salgado
O fotógrafo Sebastião Salgado, retratado no Museu
do Meio Ambiente do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro (Foto: Daryan
Dornelles/ÉPOCA)
ÉPOCA – O fato é que seu trabalho não tem nada de fotojornalismo, uma
prática da geração anterior à sua. Qual a sua escola, enfim?
Sebastião Salgado – Minha escola não é fotojornalismo. Eu conto uma história inteira por meio do trabalho fotográfico, então isso me consome tempo e energia. A minha fotografia tem um caráter simbólico. No momento em que você faz uma intervenção, muitas coisas são anteriores. A luz de um fotógrafo vem com ele. É a luz da sua vida. Nasci no Vale do Rio Doce (Minas Gerais), uma região montanhosa com raios de luz – e eu sozinho, menino, no fundo da fazenda do meu pai. E isso eu carrego comigo. Eu sempre fui muito claro e andava pela sombra. Então tudo o que vinha para mim vinha contra a luz. Essa poesia da contraluz está dentro de mim, intuitivamente. O fotógrafo de estúdio fabrica a luz. Sou um fotógrafo do lado de fora, que fotografa a luz natural, domino essas luzes, eu sei o momento em que corro atrás delas e combinam. No instante em que você tira uma foto, não há tempo para pensar em composição, diagonal, na luz, na dinâmica. Isso é intrínseco. Por isso muita gente usa câmara, mas poucos são fotógrafos. Luz, composição, são as constantes. Depois vêm as variáveis: a ideologia – o conjunto de coisas que você viveu, sua ética, suas escolhas. Nenhuma fotografia é objetiva. Ao contrário, é subjetiva.
Sebastião Salgado – Minha escola não é fotojornalismo. Eu conto uma história inteira por meio do trabalho fotográfico, então isso me consome tempo e energia. A minha fotografia tem um caráter simbólico. No momento em que você faz uma intervenção, muitas coisas são anteriores. A luz de um fotógrafo vem com ele. É a luz da sua vida. Nasci no Vale do Rio Doce (Minas Gerais), uma região montanhosa com raios de luz – e eu sozinho, menino, no fundo da fazenda do meu pai. E isso eu carrego comigo. Eu sempre fui muito claro e andava pela sombra. Então tudo o que vinha para mim vinha contra a luz. Essa poesia da contraluz está dentro de mim, intuitivamente. O fotógrafo de estúdio fabrica a luz. Sou um fotógrafo do lado de fora, que fotografa a luz natural, domino essas luzes, eu sei o momento em que corro atrás delas e combinam. No instante em que você tira uma foto, não há tempo para pensar em composição, diagonal, na luz, na dinâmica. Isso é intrínseco. Por isso muita gente usa câmara, mas poucos são fotógrafos. Luz, composição, são as constantes. Depois vêm as variáveis: a ideologia – o conjunto de coisas que você viveu, sua ética, suas escolhas. Nenhuma fotografia é objetiva. Ao contrário, é subjetiva.
ÉPOCA – Defina o seu trabalho. Ele é meramente estético, como acusam os
críticos, é fotojornalismo ou é uma denúncia?
Salgado – Muito mais do que isso: é minha vida. Imbuído das constantes e das variáveis que descrevi, eu vivi. Minha fotografia é a materialização da minha vida. É importante ter uma coerência: de onde você vem, o que você é e pensa. Eu não me considero um artista, nem um antropólogo, nem um militante. O que fiz foi o que minha vida me levou a fazer. E isso me deu um grande conforto.
Salgado – Muito mais do que isso: é minha vida. Imbuído das constantes e das variáveis que descrevi, eu vivi. Minha fotografia é a materialização da minha vida. É importante ter uma coerência: de onde você vem, o que você é e pensa. Eu não me considero um artista, nem um antropólogo, nem um militante. O que fiz foi o que minha vida me levou a fazer. E isso me deu um grande conforto.
ÉPOCA – O senhor é um fotógrafo idealista, platônico mesmo. Cada projeto
compreende um envolvimento existencial, uma ideia predeterminada que deve ser
executada e uma história a ser contada. Como foram as aventuras de Êxodos
(1986-1992) e Trabalhadores(1994-1999)?
Salgado – Êxodos começou muito tempo atrás, eu e Lélia saímos meninos para Paris. A gente não podia trabalhar aqui porque levava cacete e podia ser torturado e morto. Entramos na clandestinidade, fomos à França, passamos anos e anos sem poder meter o pé aqui. Passei três anos sem passaporte. Eu sei o que é ser refugiado, imigrante. Até hoje sou um imigrante. A história de Êxodos era a minha história. Descobri que o centro da produção industrial do mundo havia se deslocado da Europa e dos Estados Unidos para a China e a Índia. Isso provocou um deslocamento populacional gigantesco. Ao final de Êxodos, eu adoecia. Vi tanta doença, brutalidade e morte. Fui ver um urologista em Paris e ele disse que eu ia morrer por causa de você mesmo. Eu fazia amor com Lélia e não tinha esperma, não tinha mais energia. Aí pensei em parar. Eu vivi tão forte a história de Êxodos, que eu não acreditava mais na sobrevivência da humanidade. Nossa espécie estava condenada. Isso foi tão fundo que parei alguns meses. Aos poucos fui voltando. Fiz para a Unicef um trabalho chamado O fim da pólio. Fundei o Instituto Terra, para efetivar um projeto ambiental de reflorestamento e recuperação dos ecossistemas do Vale do Rio Doce, com apoio da Vale e outras companhias. Eu vi a natureza renascer.
Salgado – Êxodos começou muito tempo atrás, eu e Lélia saímos meninos para Paris. A gente não podia trabalhar aqui porque levava cacete e podia ser torturado e morto. Entramos na clandestinidade, fomos à França, passamos anos e anos sem poder meter o pé aqui. Passei três anos sem passaporte. Eu sei o que é ser refugiado, imigrante. Até hoje sou um imigrante. A história de Êxodos era a minha história. Descobri que o centro da produção industrial do mundo havia se deslocado da Europa e dos Estados Unidos para a China e a Índia. Isso provocou um deslocamento populacional gigantesco. Ao final de Êxodos, eu adoecia. Vi tanta doença, brutalidade e morte. Fui ver um urologista em Paris e ele disse que eu ia morrer por causa de você mesmo. Eu fazia amor com Lélia e não tinha esperma, não tinha mais energia. Aí pensei em parar. Eu vivi tão forte a história de Êxodos, que eu não acreditava mais na sobrevivência da humanidade. Nossa espécie estava condenada. Isso foi tão fundo que parei alguns meses. Aos poucos fui voltando. Fiz para a Unicef um trabalho chamado O fim da pólio. Fundei o Instituto Terra, para efetivar um projeto ambiental de reflorestamento e recuperação dos ecossistemas do Vale do Rio Doce, com apoio da Vale e outras companhias. Eu vi a natureza renascer.
Na série Trabalhadores, levei cinco anos para fazer um
livro sobre o fim da mão de obra intensiva no trabalho industrial. Fui
economista, estudei economia marxista e cheguei à conclusão de que o trabalho é
o centro de tudo o que foi criado neste planeta. Mesmo hoje, o robô é a
materialização do movimento do trabalho. Quando eu fui fotografar
trabalhadores, eu tive um prazer imenso de ver tantas pessoas inovadoras –
capaz de criar um navio a partir de uma simples placa de aço. Como qualquer
trabalhador, tenho um conceito e vou buscar a realização do conceito no
mundo.
ÉPOCA – O senhor trocou a câmera convencional pela digital em 2008. O
efeito é o mesmo?
Salgado – É melhor ainda do que com os negativos convencionais. Eu não sei mexer com tecnologia, mas levo a câmera digital. Levo comigo cartões de memória, fotografo. De volta, meu assistente coloca tudo em prancha, e com a lupa edito tudo. Só sei trabalhar à moda antiga. Faço cópias de leitura, do tamanho de um cartão postal. Aí selecionou. No final, com as fotos selecionadas e ampliadas, faço um negativo delas. E aí amplio a partir do negativo. Hoje a qualidade que eu tenho do negativo indireto é melhor que a qualidade do negativo direto. Uso uma máquina Kodak de marca Imagère com um negativo Wilford. Passamos dois anos desenvolvendo a técnica.
Salgado – É melhor ainda do que com os negativos convencionais. Eu não sei mexer com tecnologia, mas levo a câmera digital. Levo comigo cartões de memória, fotografo. De volta, meu assistente coloca tudo em prancha, e com a lupa edito tudo. Só sei trabalhar à moda antiga. Faço cópias de leitura, do tamanho de um cartão postal. Aí selecionou. No final, com as fotos selecionadas e ampliadas, faço um negativo delas. E aí amplio a partir do negativo. Hoje a qualidade que eu tenho do negativo indireto é melhor que a qualidade do negativo direto. Uso uma máquina Kodak de marca Imagère com um negativo Wilford. Passamos dois anos desenvolvendo a técnica.
ÉPOCA – O que o senhor acha da popularização da fotografia depois de
aplicativos como o Instagram, que levam muitos de seus colegas a
decretar o fim da fotografia?
Salgado – Não sei o que é Instagram. Mas eu vejo toda democratização de forma positiva. Hoje as coisas são assim. Antigamente era uma placa de vidro, depois veio o filme. A fotografia nunca teve um lugar tão destacado na sociedade como tem hoje. São milhares de galerias e fotógrafos trabalhando nisso. A fotografia está atingindo a maioridade agora. Está mais importante do que há 20 anos. Isso pela quantidade. A qualidade nunca mudou.
Salgado – Não sei o que é Instagram. Mas eu vejo toda democratização de forma positiva. Hoje as coisas são assim. Antigamente era uma placa de vidro, depois veio o filme. A fotografia nunca teve um lugar tão destacado na sociedade como tem hoje. São milhares de galerias e fotógrafos trabalhando nisso. A fotografia está atingindo a maioridade agora. Está mais importante do que há 20 anos. Isso pela quantidade. A qualidade nunca mudou.
ÉPOCA – Mas há mais amadores fotografando do que antes.
Salgado – Amador não é problema. Ele sempre fotografou. O que existe na fotografia é uma grande produção de fotografia comercial. Você cria uma fotografia como um objeto de arte. É diferente do tipo de fotografia que eu fiz e à qual eu dediquei anos da minha vida. Não acho que sejam obras de arte.
Salgado – Amador não é problema. Ele sempre fotografou. O que existe na fotografia é uma grande produção de fotografia comercial. Você cria uma fotografia como um objeto de arte. É diferente do tipo de fotografia que eu fiz e à qual eu dediquei anos da minha vida. Não acho que sejam obras de arte.
ÉPOCA – Apesar de o senhor não considerar uma obra de arte, quanto vale
uma imagem sua hoje?
Salgado – Eu vendo caríssimo. De R$ 6 mil a R$ 100 mil. Mas não concebi para o mercado. Se as pessoas querem, tudo bem. Mas hoje o que você vê entre os fotógrafos profissionais é fotografia feita exclusivamente para vender. Falta um pouquinho de coração na fotografia atual. É simplesmente um produto de arte.
Salgado – Eu vendo caríssimo. De R$ 6 mil a R$ 100 mil. Mas não concebi para o mercado. Se as pessoas querem, tudo bem. Mas hoje o que você vê entre os fotógrafos profissionais é fotografia feita exclusivamente para vender. Falta um pouquinho de coração na fotografia atual. É simplesmente um produto de arte.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Significado das Siglas das objetivas Nikon e Canon
Significado das siglas das lentes Nikon:
AI – Aperture Indexing – Indexação de abertura
Aperture Indexing é um sistema que permite que as lentes se
comuniquem com a câmera através de um contato mecânico.
Assim, a lente informa ao corpo seus valores de abertura. A
abertura é manual, mas é realizada ao girarmos um botão no corpo da câmera, e
não pelo anel de abertura que outras lentes têm. Esse sistema foi lançado pela
Nikon em 1977.
AI-S – Aperture Indexing – Indexação de abertura
São basicamente as lentes AI, mas com a adição de suporte
para novos recursos, como transmissão de abertura linear e modo programado para
velocidade de disparo. Lançado em 1982, é uma variação das lentes AI para o
mount F da Nikon.
AF – Auto Focus – Foco Automático
São lentes preparadas para foco automático, mas que não
possuem o motor necessário para isso dentro delas.
O motor de autofoco deve estar no corpo da câmera. Por
exemplo, se você usar essa lente numa D90, D7000 ou superior, a câmera
realizará o foco automaticamente, ao segurarmos o disparador pela metade. Mas,
se utilizar a lente numa D3000, D5000 ou suass sucessoras D3100 e D5100, ela
não realizará o auto-foco. Foram lançadas em 1992.
AF-S – Build in Auto Focus Motor – Motor de Auto Foco
Incorporado
Lançada em 1996, essa classe de lentes possui motor de
auto-foco embutido. Além de poder ser utilizado em mais câmeras, possui um
sistema de focagem mais rápida e silenciosa que as lentes AF. Por não possuir
um anel de abertura mecânico, quando usadas em câmeras mais antigas, atuam
sempre em sua menor abertura.
AF-D
Uma das variações de lentes Nikon auto foco “mount F”.
AF-G
Lentes controladas eletronicamente, não apresentam anéis no
tambor. Os ajustes são feitos pelo corpo da câmera, por isso não podem ser
usados em câmeras mais antigas.
D/G – Distance Information – Informações de Distância
Essas lentes informam a distância entre a câmera e o que
estamos fotografando. Assim, foi possível avanços na fotometria matricial 3D e
no sensor do flash, permitindo que o flash fizesse uma iluminação mais correta
e equilibrada.
DX – Para corpos de DSLR com fator de corte
São lentes exclusivamente desenhadas para câmeras digitais
SLR da Nikon, levando em consideração seu fator de corte. Como a área do sensor
digital é menor que a de um frame de filme 35mm, parte da luz que entra numa
câmera digital que usa lentes tradicionais é “desperdiçada”. As lentes DX são
projetadas para a luz se enquadrar com mais perfeição ao sensor da câmera. Por
isso, elas não podem ser usadas em câmeras fullframe, que captarão as bordas da
lente em suas fotos. Foi criada para câmeras como D90, D7000, D3100, D5100,
D300 etc.
FX – Para corpos padrão 35mm
São lentes projetadas para frames de 35mm, nas câmeras 35mm
AF e digitais SLR da Nikon, como D3x, D700, entre outras.
ED – Extra Low Dispersion Glass – Elemento ótico extra de
baixa dispersão
Lentes ED têm ganhos de nitidez e reprodução de cores. São
elementos de melhor qualidade, encontradas nas lentes mais caras produzidas
pela Nikon. Traz os benefícios das lentes feitas a partir de cálcio fluorite,
porém, mais resistentes.
ASF – Aspherical Lens Elements – Elementos de lente
asféricos
Em lentes comuns, os elementos óticos são esféricos,
causando distorções de ângulos e cores, chamadas “aberrações esféricas”. As
lentes asféricas corrigem essas distorções, especialmente em grandes-angulares.
CRC – Close-Range Correction System – Sistema de correção de
Variedade de Foco
Encontrado em lentes olho-de-peixe, grande angular, macro e
teleobetiva média da Nikkor, o CRC promove uma qualidade superior de focagem em
distâncias próximas e quando a distância aumenta. Cada grupo de lentes se move
independentemente quando vamos focalizar, aumentando a performance de focagem,
quando vamos alternar entre um foco próximo e outro distante.
IF – Internal Focusing – Focagem interna
As lentes IF fazem a focagem sem alterar o tamanho. O
movimento ótico é feito internamente, garantindo uma lente mais leve e
compacta, além de realizar um foco mais rápido.
DC – Defocus Control Lens – Lente de Controle de Desfocagem
Com essas lentes, o fotógrafo pode controlar o grau de
aberração esférica em primeiro plano ou no plano de fundo. Em outras palavras,
você pode acentuar a área desfocada girado o anel DC da lente. Ideal para
destacar a pessoa fotografada em um retrato, por exemplo.
RF – Rear Focusing – Focagem traseira
As lentes têm seus elementos óticos divididos em grupos
específicos. Nas lentes RF, apenas os elementos traseiros se movem na focagem,
aumentando a velocidade da operação de auto-foco.
VR – Vibration Reduction – Redutor de Vibração
Diminui o efeito do tremor das câmeras em fotos de baixa
velocidade. A lente identifica o tremor do fotógrafo e, através de motores
internos, corrige isso, permitindo fotos mais nítidas. É muito útil quando você
for fotografar em ambientes escuros, já que permite trabalhar com até três
velocidades (f/stops) abaixo da recomendada, além de fotos com teleobjetiva,
quando o problema fica mais nítido. Mas, prepare o bolso. Lentes VR são mais
caras que as comuns.
Continuando o post do significado das SIGLAS nas lentes,
agora CANON:
FD – Manual Focus – Focagem Manual
Lentes FD são as lentes de foco manual da Canon. Possuem um
sistema de alavancas e pinos mecânicos que transmitem informações de abertura para
o corpo da câmera. Mas, por isso, não podem ser usadas diretamente em câmeras
da linha EOS. Para essas, é preciso um adaptador próprio.
EF – Electro Focus – Focagem Eletrônica
Criado pela Canon em 1987, é um sistema totalmente
eletrônico de transmissão de informações da lente para o corpo da câmera,
desenhados exclusivamente para o sistema EOS.
O sistem trouxe uma série de inovações, como redução de
ruídos, maior precisão e rapidez de foco, controle eletrônico de abertura. Tudo
isso e muito mais graças a um microchip localizado na lente, que pode informar
se algo não está funcionando. Como só podem ser utilizadas na linha EOS, por
terem diâmetro interno de 54mm e externo de 65mm, são identificadas com um
ponto vermelho próximo ao mount de encaixe ao corpo.
EF-S – Electro Focus Short Back Focus – Foco Eletrônico
Curto Posterior
São lentes projetadas para a linha EOS de câmeras digitais
equipadas com sensores APS-C. Essas lentes foram projetadas para sensores
menores que o frame de 35mm, por isso, não podem ser utilizadas em câmeras full
frame. Elas são mais compactas, com menos elementos óticos e possuem uma
distância focal posterior mais curta em relação ao posicionamento do sensor
APS-C. Elas são identificadas por um ponto quadrado branco localizado próximo
ao encaixe do mount.
EOS – Electro-Optical System – Sistema eletro-ótico
Sistema de Câmeras SLR da Canon e seis assessórios lançados
em 1987. As lentes dessa linha são controladas eletronicamente, sem
dispositivos mecânicos para ajuste de foco ou abertura.
UD – Ultra Low-Dispersion Glass – Elemento de Dispersão
Ultra Baixo
Têm cristais com um índice de refração menor que o de
cristais comuns, permitindo uma foto com maior fidelidade de cores.
L
São as lentes top, feitas com os melhores elementos e mais profissionais
da Canon. Seus elementos óticos são construídos com elementos asféricos,
tratamento apocromático e anti-reflexivo e cristais UD, S-UD ou fluorita.
Possuem foco e retrofoco de última geração, fazendo do foco automático mais
rápido. E, mesmo com o autofoco ligado, o fotógrafo pode focalizar manualmente.
Existem duas explicações para o L dessa linha. Uma diz que significa
Low-Dispersion (baixa dispersão), outra diz que significa Luxury (Luxo).
DO – Diffractive Optics – Ótica Difrativa
Essa tecnologia permite lentes menores e com maior correção
de aberração cromática, sem comprometer a qualidade da imagem. Seus elementos
óticos trabalham em conjunto, para diminuir as distorções de imagem. A
qualidade é tão boa, que essa linha chega a rivalizar com algumas lentes da
série L, sendo mais baratas.
USM – Ultrasonic Motor – Motor Ultrassônico
Essas lentes trabalham com motores ultrassônicos, que
realizam movimentos induzidos por vibração de alta frequência, para fazer o
auto-foco. Assim, as lentes focalizam de forma rápida e praticamente
silenciosas ao ouvido humano. As mais caras, chamadas FTM (Full-time Manual),
permitem o foco manual todo o tempo. Já as mais baratas, não suportam esse
sistema. Geralmente, as lentes USM são da linha L, mas as que não pertencem à
essa linha, são identificadas por uma faixa dourada no final do corpo.
IS – Image Stabilization – Estabilizador de Imagem
São lentes que permitem fotografar em velocidades mais
baixas, diminuindo o efeito da vibração nas imagens. Estabilizam a imagem a
partir de sensores que identificam o tremor e movem pequenos motores, para
deslocar a projeção da imagem, compensandoa vibração. Permitem fotos sem tremor
em até 3 f/stops abaixo da velocidade recomendada.
TS-E – Tilt Shift Lens
Já tentou fotografar um prédio com uma grande angular e ele
aparece “torto” nas bordas? As lentes TS-E corrigem justamente essa distorção.
Com essas lentes, o fotógrafo controla em que ângulo vão estar os planos que
limitam a profundidade de campo.
domingo, 26 de maio de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
World Press Photo o mito da verdade fotográfica - Expresso.pt
World Press Photo o mito da verdade fotográfica - Expresso.pt:
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Um fotógrafo vencedor do prémio World Press Photo, Paul Hansen, com a fotografia de um funeral de crianças palestinianas mortas num ataque israelita à Faixa de Gaza, é acusado de ter manipulado a imagem com que venceu. Sendo um prémio de fotojornalismo, valoriza-se o acontecimento espontâneo, num certo sentido mais "real", o que torna herética qualquer edição, por mais artística que possa ser. Portanto, o fotógrafo é apontado como um ser-de-pecado.
A transgressão sucede em relação à "verdade", com a qual a fotografia tem decerto uma interação ambígua. Por um lado, capta uma "realidade" mais do que qualquer outra técnica anterior ao seu aparecimento, como era o caso da pintura, por mais realista que fosse. Por outro, esta força de credibilidade, sendo apta à manipulação, tem um poder enorme de ludibriar, porque o recetor tende a acreditar mais facilmente numa fotografia do que numa pintura. Com a digitalização e os programas de edição, como o Photoshop, esta possibilidade aumentou muito.
Mas a "verdade" não é menos ambígua do que a fotografia. Eventualmente, há uma contaminação mútua, na medida em que a imagem fotográfica ocupa um espaço histórico em íntima relação com o verosímil. Isto é, as pessoas gostam da fotografia também porque ela é mais realista do que a pintura. Contudo, na História da Filosofia a "verdade" não é um conceito unívoco. Aliás, mesmo no "real", a "verdade" não se exerce sempre da mesma maneira. Basta voltar a pensar a fotografia de Paul Hansen.
Imaginemos que, de facto, a fotografia não foi manipulada, como reforçou a organização. Como seria? Seria mesmo não manipulada? Haveria um ponto neutro a partir do qual pudéssemos aceder àquilo, ao "real" fotografado? Há jornalismo sem edição? Há "real" sem edição? Na hipótese da sua não manipulação, reparemos nestes aspetos: Paul Hansen teve eventualmente que correr um pouco para se colocar de frente para os participantes no funeral, o que poderá ter obrigado os mesmos a moverem-se mais devagar, logo a não irem à sua velocidade "real"; o enquadramento da câmara fotográfica focou um aspeto do fenómeno, mas deixou as suas margens por revelar, o que não permitiu mostrar a totalidade do "real"; a cor que a fotografia emitiu também não é a mesma que a da perceção direta do "real"; as pessoas fotografadas não são seres imóveis, o seu movimento seria bem mais "real"; o facto de se sentirem observadas pela câmara afastou-as da sua postura "real"; e, por fim, o modo como a fotografia foi exibida nos media não é certamente o "real", pois este tende a desaparecer no tempo, fixando-se apenas na memória, e de forma precária.
Por isso, o "real" fotográfico é sempre uma construção. Se houve manipulação, o pobre do Paul Hansen só quis construir um pouco mais, o que não quer dizer que a sua fotografia se torne menos verosímil por isso. Ninguém pode negar que aquela imagem representa uma realidade naquela parte do planeta. Possivelmente, é até mais "real" do que a espontaneidade.
Autor e blogue
Pedro Xavier Mendonça, investigador académico em estudos sociais de tecnologia e de comunicação, procura com este espaço trazer reflexões das pesquisas sobre tecnologia e sociedade. Porque a tecnologia é uma realidade social e tem implicações humanas, pretende-se pensá-la a partir destas duas vertentes. O objetivo é estimular o pensamento sobre este fenómeno evitando os quadros mentais que o fecham no mundo da técnica. pedroxaviermendonca@gmail.com
quarta-feira, 15 de maio de 2013
domingo, 12 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
quarta-feira, 8 de maio de 2013
segunda-feira, 6 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
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