terça-feira, 6 de outubro de 2020

Cazumba


     Caracterização do Cazumba, personagem da manifestação folclórica do bumbameu-boi do Maranhão. Destaca-se pelo uso de máscara com formas animalescas variadas e túnica decorada com figuras de santos e alegorias. As máscaras assemelham às utilizadas na África Ocidental, na Península Ibérica ou em outras regiões, sendo elemento sincrético com origens diversificadas, como ocorre com a religião e a cultura popular. Representam símbolos com múltiplos significados, relacionados com a imagem e a noção de pessoa. Sua confecção envolve criatividade, espírito de competição, preocupação com beleza e originalidade. Atualmente tem despertado grande curiosidade entre pesquisadores, turistas e interessados, pelos aspectos estéticos, significados simbólicos e a performance ritual das apresentações.

domingo, 4 de outubro de 2020

Aldravas




 

Sua origem é greco-romana e foi bastante utilizada até o século 20, quando surgiu a eletricidade e sua função caiu em desuso. As aldravas surgiram como objeto de praticidade, para que as pessoas pudessem anunciar a sua chegada, batendo-as contra a porta para fazer barulho. Associado ao uso prático,  ganhou status artístico e decorativo. Assim foram surgindo peças artísticas e elegantes, que passaram a adornar as portas de muitas cidades. Há quem diga que possui significados profundos, religiosos, místicos e mitológicos.

sábado, 3 de outubro de 2020

Sono Solitário












Sono, filho da noite

Nos entorpece nesta manhã

Nem quente e nem fria

Sono imortal, irresistível aos mortais

Que prostram-se, mesmo á luz do dia

Sono, sussurro da morte

Que ecoa nos escuros becos  

Anunciando a pandemia

Sono solitário

De algum lugar vazio

Que preenche meu ser, sombrio

Com despertar de um dia diferente

Nebuloso, eloquente

Por tortuosas aleias sigo sozinho

Caminhando sobre os escombros

Da sociedade e de um Mundo mesquinho.


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Memória, Fotografia e Restauração









 

A memória dialoga com o presente através de sua relação com passado, propondo a gênese de ações futuras. Sendo assim, a construção, o resgate, a restauração da memória por intermédio dos mais diversos instrumentos, dentre os a quais a fotografia desempenha um papel de destaque, é fator fundamental para que o homem assuma a missão de defender os interesses da sociedade.

Faça uma viagem no tempo e no espaço, evoque sua memória, libertando lembranças coletivas, solicite a restauração de fotos antigas de sua família.

­­Contato: (98) 98479-7120 / 98804-6662 (Whatsapp)

quarta-feira, 30 de setembro de 2020


 

O Relógio localiza-se na Rua da Glória, em frente à Rua Cândido Mendes. Para embelezar o bairro da Glória, dentro de seu programa de melhoramentos da cidade, o prefeito Pereira Passos mandou retirar a balaustrada de bronze que circundava a Praça Tiradentes, no Centro do Rio, e transferi-la para a Avenida Augusto Severo. O relógio teve a finalidade de arrematar o conjunto.

O monumento é formado por uma coluna de gneiss de 7,5 m, encimada por um relógio de quatro faces, com mostradores luminosos. Sua base é quadrangular, com laterais projetadas. A coluna cilíndrica é ornada por dois cordões perolados. O relógio, inaugurado a 15 de abril de 1905, está localizado sobre um capitel retangular com meia luz e meia flor em seus centros. Na placa da base encontram-se as armas da cidade com quatro florões ao canto. A Companhia de Ferro Carril do Jardim Botânico foi quem proporcionou a iluminação do monumento.

A máquina do relógio é francesa e foi instalada pelo relojoeiro alemão Frederich Krussman. Em 1980 o relógio foi quebrado. Um relojoeiro se ofereceu a consertá-lo de graça, mas não obteve sucesso. O mecanismo foi retirado para o conserto. Perda de tempo: havia falta de informações técnicas sobre seu funcionamento. Vários relojoeiros tentaram consertá-lo. Contudo todos fracassaram. Em 1986, o reloginho foi finalmente restaurado.

O monumento é protegido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico-Cultural (INEPAC). No passado, o escritor Pedro Nava, que morou mais de 40 anos na Rua da Glória, protestou veementemente contra o abandono e a deterioração dos monumentos do bairro, incluindo a depredação do chafariz, da amurada e do relógio.

Hoje o velho reloginho resiste ao tempo e continua acertando os ponteiros de quem passa pela Glória.

 

Texto por: Rio e Cultura

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Arco dos Teles - RJ


Obra do engenheiro João Fernandes Pinto Alpoim, o Arco do Teles foi construído em meados do século XVIII para ligar a antiga Praça do Carmo, hoje Praça XV, à Rua da Cruz, atual Rua do Ouvidor. O arco fazia parte da residência da família Teles de Menezes, proprietária dos prédios no local. Por isso o nome.

A área era frequentada por toda a alta sociedade carioca, que muitas vezes era atraída pela devoção a uma imagem de Nossa Senhora dos Prazeres, colocada em um espaço no interior do Arco do Teles.

A obra provou sua força em 1790. Nesse ano, um incêndio, que segundo alguns relatos foi criminoso, destruiu a maior parte da casa dos Teles de Meneses, afetando o Arco, que acabou resistindo. Muitos documentos históricos do Senado e da Câmara, que funcionavam nos prédios vizinhos aos dos Teles, se perderam nesse caso. Entre os papéis perdidos estavam toda a documentação referente aos primórdios da cidade, inclusive os recibos e cobranças de foros (algo parecido com o IPTU) e os registros gerais de imóveis. O curioso – e até engraçado – é que o incêndio teria começado em uma loja térrea próxima à Rua Direita, onde existia um comércio de objetos usados chamado de “O Caga Negócios”.

O trágico acontecimento forçou uma reconstrução imediata. Devido a esse trabalho, muitos detalhes das construções originais foram recuperados e hoje podem ser notados por quem caminha pela área, que é toda destinada a pedestres e conserva o calçamento antigo, de pedras. No entanto, essa não é a única passagem assustadora do Arco do Teles. Em um texto para o site Mapas Antigos, Histórias Curiosas, Carlos Serqueira conta sobre uma “bruxa” que assombrou o local. De acordo com o artigo, Bárbara dos Prazeres (ficou conhecida assim por causa da imagem de Nossa Senhora dos Prazeres que ficava no Arco) foi uma mulher que ao chegar de Portugal com o marido, se envolveu amorosamente com um mulato. Para viver a paixão, ela matou o esposo europeu. Tempos depois, Bárbara percebeu que o novo amor estava somente interessado em suas posses, então, ela também o matou. Com dois crimes grandes nas costas, restou à mulher o submundo da eterna fuga. Passou a se prostituir e fazia ponto exatamente embaixo do Arco do Teles, que após o incêndio passou a ser menos valorizado e virou área de malandros e mulheres da vida. O tempo passou e Bárbara envelheceu. Não tendo mais clientes e já com algumas doenças sexualmente transmissíveis, a mulher recorreu à magia negra. Um dos trabalhos que fez tinha como objetivo recuperar a juventude perdida. Para conseguir isso, ela precisava ingerir sangue morno de crianças. Não existem números exatos, mas documentos constam que foram dezenas de pequenas vítimas. Dizem que Bárbara pendurava as crianças pelos pés com uma corda, as esfaqueava e fiava embaixo delas para banhar-se no sangue. O ritual acontecia na casa onde vivia, na ainda isolada e perigosa Cidade Nova.

Em 1830, Bárbara sumiu no mundo sem avisar a ninguém. Nesse mesmo ano, um cadáver de uma mulher apareceu boiando próximo ao Largo do Paço. Embora as feições estivessem quase irreconhecíveis, alguns garantem que era Bárbara. A assustadora criatura aparece nos registros policiais da época como Bárbara dos Prazeres e também como Bárbara “Onça” – referência à sua ferocidade. Teses defendem que nesse período surgiu a expressão: “cuidado que a bruxa está solta!”.

“Há quem suspeite (lenda urbana?) que ela continua viva até hoje, graças ao segredo da fórmula de rejuvenescimento. E mais: teria assumido a condição de feiticeira e aplicado a receita em alguns milionários, em troca de parte de suas fortunas. Diz-se que ainda hoje, em certas madrugadas sem lua, quando já partiram os últimos garçons dos bares da Travessa do Comércio e cessou o movimento da boemia, escuta-se no beco a gargalhada de Bárbara Onça, a feiticeira, ecoando assustadoramente pelos vazios escuros do Arco do Telles” escreve Carlos Serqueira em seu artigo. Cruzar o Arco do Teles, seja durante a semana para realizar alguma tarefa do dia ou para comer em algum restaurante local, ou em um final de semana para aproveitar uma festa, é caminhar pela história do Rio. História que pode ser divertida, trágica ou assustadora, mas que faz parte da nossa Cidade Maravilhosa.

texto original por : Diário do Rio 

domingo, 27 de setembro de 2020

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Quer mostrar seu trabalho no Festival? Já divulgamos duas convocatórias e as inscrições serão feitas de 1 a 15 de fevereiro. no nosso site estão disponíveis os editais.