Sono, filho da noite
Nos entorpece nesta manhã
Nem quente e nem fria
Sono imortal, irresistível aos mortais
Que prostram-se, mesmo á luz do dia
Sono, sussurro da morte
Que ecoa nos escuros becos
Anunciando a pandemia
Sono solitário
De algum lugar vazio
Que preenche meu ser, sombrio
Com despertar de um dia diferente
Nebuloso, eloquente
Por tortuosas aleias sigo sozinho
Caminhando sobre os escombros
Da sociedade e de um Mundo mesquinho.