quarta-feira, 30 de setembro de 2020


 

O Relógio localiza-se na Rua da Glória, em frente à Rua Cândido Mendes. Para embelezar o bairro da Glória, dentro de seu programa de melhoramentos da cidade, o prefeito Pereira Passos mandou retirar a balaustrada de bronze que circundava a Praça Tiradentes, no Centro do Rio, e transferi-la para a Avenida Augusto Severo. O relógio teve a finalidade de arrematar o conjunto.

O monumento é formado por uma coluna de gneiss de 7,5 m, encimada por um relógio de quatro faces, com mostradores luminosos. Sua base é quadrangular, com laterais projetadas. A coluna cilíndrica é ornada por dois cordões perolados. O relógio, inaugurado a 15 de abril de 1905, está localizado sobre um capitel retangular com meia luz e meia flor em seus centros. Na placa da base encontram-se as armas da cidade com quatro florões ao canto. A Companhia de Ferro Carril do Jardim Botânico foi quem proporcionou a iluminação do monumento.

A máquina do relógio é francesa e foi instalada pelo relojoeiro alemão Frederich Krussman. Em 1980 o relógio foi quebrado. Um relojoeiro se ofereceu a consertá-lo de graça, mas não obteve sucesso. O mecanismo foi retirado para o conserto. Perda de tempo: havia falta de informações técnicas sobre seu funcionamento. Vários relojoeiros tentaram consertá-lo. Contudo todos fracassaram. Em 1986, o reloginho foi finalmente restaurado.

O monumento é protegido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico-Cultural (INEPAC). No passado, o escritor Pedro Nava, que morou mais de 40 anos na Rua da Glória, protestou veementemente contra o abandono e a deterioração dos monumentos do bairro, incluindo a depredação do chafariz, da amurada e do relógio.

Hoje o velho reloginho resiste ao tempo e continua acertando os ponteiros de quem passa pela Glória.

 

Texto por: Rio e Cultura

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